Setor sucroenergético terá queda de produtividade na safra 2014/2015

08/10/2014 Cana-de-Açúcar POR: Assessoria de Comunicação da CNA 07/10/14
O setor sucroenergético nesta safra 2014/15 será marcado pela queda nos índices de produtividade em consequência da escassez de chuva na chamada região "Centro-Sul Tradicional do Brasil", que corresponde aos estados de São Paulo e Paraná. É o que mostra o Boletim Ativos da Cana-de-Açúcar, elaborado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresa (PECEGE), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em razão desse quadro de estiagem que deve se agravar no verão, o levantamento PECEGE/CNA avalia que a safra atual terá aumento nos custos de produção, tendência oposta àquela observada nas duas últimas safras. Ao mesmo tempo, a escassez de chuva deverá elevar os Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) da cana e, dessa maneira, contribuir para a recuperação dos preços praticados no mercado para o açúcar e o etanol, "suavizando os impactos negativos da esperada queda de rentabilidade dos produtos agroindustriais", avalia o estudo.
É importante lembrar que o produtor é remunerado pela qualidade da matéria prima, expressa em kg de ATR por tonelada de cana. Os dados sobre as variações das principais contas dos custos de produção foram estimados pelo PECEGE/CNA com base nos índices de preços praticados entre abril de 2013 e março de 2014.
Custos e produção
Os itens que mais irão influir no aumento dos custos de produção do setor sucroenergético, segundo o PECEGE/CNA, são: queda de 6% na produtividade por hectare; elevação de 8% nos salários dos operários do setor; e 8,5% de aumento no preço do corte, carregamento e transporte da cana (CCT). Além da cana, o PECEGE/CNA avaliou também a situação do etanol e do açúcar VHP.
A projeção dos preços do etanol anidro, expectativa de aumento de 9,5%, foi baseada na variação do índice de preço CEPEA/ESALQ/USP entre abril de 2013 e abril de 2014. No caso do açúcar VHP - termo técnico para o açúcar não refinado -, a análise do PECEGE/CNA indica que o preço vai aumentar 6,4%, com base no comportamento médio das cotações dos contratos futuros de dólar, com vencimento em outubro deste ano e março de 2015. Esta projeção toma por base os valores médios do câmbio fechado em outubro de 2013 e março de 2014.
Preços
A previsão é que o preço do etanol anidro na safra atual alcance R$ 1.500,00/m3. O açúcar VHP deve chegar a R$ 800,00 a tonelada. O cenário esperado indica que apenas produtores com alta produtividade agrícola, ou boas negociações de preço no pagamento da cana, conseguirão atingir rentabilidade.
Em razão da importância do setor sucroenergético para o agronegócio e a economia do país, a CNA encaminhou ofício aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); das Minas e Energia; e da Casa Civil da Presidência da República, destacando os resultados do estudo PECEGE/CNA e a necessidade de serem adotadas medidas capazes de tornar a atividade economicamente viável.
O setor sucroenergético nesta safra 2014/15 será marcado pela queda nos índices de produtividade em consequência da escassez de chuva na chamada região "Centro-Sul Tradicional do Brasil", que corresponde aos estados de São Paulo e Paraná. É o que mostra o Boletim Ativos da Cana-de-Açúcar, elaborado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresa (PECEGE), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em razão desse quadro de estiagem que deve se agravar no verão, o levantamento PECEGE/CNA avalia que a safra atual terá aumento nos custos de produção, tendência oposta àquela observada nas duas últimas safras. Ao mesmo tempo, a escassez de chuva deverá elevar os Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) da cana e, dessa maneira, contribuir para a recuperação dos preços praticados no mercado para o açúcar e o etanol, "suavizando os impactos negativos da esperada queda de rentabilidade dos produtos agroindustriais", avalia o estudo.
É importante lembrar que o produtor é remunerado pela qualidade da matéria prima, expressa em kg de ATR por tonelada de cana. Os dados sobre as variações das principais contas dos custos de produção foram estimados pelo PECEGE/CNA com base nos índices de preços praticados entre abril de 2013 e março de 2014.
Custos e produção
Os itens que mais irão influir no aumento dos custos de produção do setor sucroenergético, segundo o PECEGE/CNA, são: queda de 6% na produtividade por hectare; elevação de 8% nos salários dos operários do setor; e 8,5% de aumento no preço do corte, carregamento e transporte da cana (CCT). Além da cana, o PECEGE/CNA avaliou também a situação do etanol e do açúcar VHP.
A projeção dos preços do etanol anidro, expectativa de aumento de 9,5%, foi baseada na variação do índice de preço CEPEA/ESALQ/USP entre abril de 2013 e abril de 2014. No caso do açúcar VHP - termo técnico para o açúcar não refinado -, a análise do PECEGE/CNA indica que o preço vai aumentar 6,4%, com base no comportamento médio das cotações dos contratos futuros de dólar, com vencimento em outubro deste ano e março de 2015. Esta projeção toma por base os valores médios do câmbio fechado em outubro de 2013 e março de 2014.
Preços
A previsão é que o preço do etanol anidro na safra atual alcance R$ 1.500,00/m3. O açúcar VHP deve chegar a R$ 800,00 a tonelada. O cenário esperado indica que apenas produtores com alta produtividade agrícola, ou boas negociações de preço no pagamento da cana, conseguirão atingir rentabilidade.
Em razão da importância do setor sucroenergético para o agronegócio e a economia do país, a CNA encaminhou ofício aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); das Minas e Energia; e da Casa Civil da Presidência da República, destacando os resultados do estudo PECEGE/CNA e a necessidade de serem adotadas medidas capazes de tornar a atividade economicamente viável.