A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA), vai liberar duas novas variedades RB (República do Brasil) de cana-de-açúcar no Encontro Nacional da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). O evento será realizado na próxima quarta-feira, 25, na cidade de Ribeirão Preto-SP e marcará a celebração de 45 anos de surgimento das variedades RB e os 25 anos da criação da Ridesa.
Ao todo, serão liberadas 16 novas variedades RB, resultado do trabalho de sete universidades que integram a rede. Além da liberação dessas novas variedades, na ocasião, serão lançados um livro e uma revista contando a história do programa de melhoramento genético.
Com a liberação das novas variedades RB, pequenos e médios produtores alagoanos e de todo o Brasil vão contar com material genético de ponta, testados em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras. Das 16 que serão liberadas, duas são de propriedade da Ufal: RB961552 e RB991536. De acordo com pesquisadores, elas são altamente produtivas, com maturação tardia e resistentes às ferrugens marrom e alaranjada. A primeira, destaca-se por ser responsiva a fertirrigação; a segunda, por ter porte ereto, sendo recomendada para colheita mecanizada.
Também serão liberadas duas variedades de propriedade da Federal de Viçosa (UFV), outras duas da Rural de Pernambuco (UFRPE), quatro da Federal de São Carlos (UFSCar), três da Federal do Paraná (UFPR), duas da Rural do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma da Federal de Goiás (UFG).
Representando a Ufal no evento, estarão presentes o diretor do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Gaus Silvestre de Andrade Lima; o coordenador do PMGCA, Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa; e outros pesquisadores do Programa.
A Ridesa e a contribuição das variedades RB
Com a extinção do Programa Nacional de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (Planalsucar), em 1990, houve a transferência das suas estruturas físicas, tecnológicas e de recursos humanos para as universidades federais; a Ufal foi uma delas. Foi nesse contexto que teve início a Ridesa. Atualmente, a Rede utiliza, para o desenvolvimento de seus estudos, um total de 72 estações experimentais, localizadas nos estados onde a cultura da cana-de-açúcar apresenta maior expressão.
Nestes 25 anos de atuação, as universidades federais deram maior ênfase à manutenção e à continuidade da pesquisa relacionada ao PMGCA, que continuou a utilizar a sigla RB para identificar suas variedades. Com as novas liberações, são 94 variedades RB entregues aos produtores, as quais são frutos das pesquisas com melhoramento genético clássico. Elas têm acentuada contribuição para a matriz energética do Brasil, pois são responsáveis, em 2015, por 68% da área cultivada com cana no país. As quatro variedades mais plantadas no Brasil, este ano, foram: RB867515 (UFV); RB966928 (UFPR); RB92579 (Ufal); e RB965902 (UFSCar).
O Ceca tem uma posição privilegiada na Ridesa, por conta do Banco de Germoplasma, criado em 1966, por um convênio entre o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Sindaçúcar/AL, e herdado pela Ufal em 1990. Nesse Banco, localizado na Serra do Ouro, no município de Murici, estão plantados 3.090 acessos de cana (dentre espécies e híbridos), que são utilizados na realização dos cruzamentos para o desenvolvimento de variedades RB.
Formação de Recursos Humanos
Além do grande sucesso no desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar para o Brasil, a Ridesa destaca-se na formação de recursos humanos. A infraestrutura existente dentro das universidades tem proporcionado apoio para treinamento aos estudantes em nível de graduação, com a iniciação científica, e pós-graduação – mestrado, doutorado e pós-doutorado – com a cultura da cana-de-açúcar.
Hoje, existem centenas de profissionais formados que estão atuando na iniciativa privada e em instituições públicas. Nos últimos cinco anos, foram 112 estagiários dos cursos de Agronomia e 32 bolsistas de iniciação científica nas universidades que integram a Ridesa.
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA), vai liberar duas novas variedades RB (República do Brasil) de cana-de-açúcar no Encontro Nacional da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). O evento será realizado na próxima quarta-feira, 25, na cidade de Ribeirão Preto-SP e marcará a celebração de 45 anos de surgimento das variedades RB e os 25 anos da criação da Ridesa.
Ao todo, serão liberadas 16 novas variedades RB, resultado do trabalho de sete universidades que integram a rede. Além da liberação dessas novas variedades, na ocasião, serão lançados um livro e uma revista contando a história do programa de melhoramento genético.
Com a liberação das novas variedades RB, pequenos e médios produtores alagoanos e de todo o Brasil vão contar com material genético de ponta, testados em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras. Das 16 que serão liberadas, duas são de propriedade da Ufal: RB961552 e RB991536. De acordo com pesquisadores, elas são altamente produtivas, com maturação tardia e resistentes às ferrugens marrom e alaranjada. A primeira, destaca-se por ser responsiva a fertirrigação; a segunda, por ter porte ereto, sendo recomendada para colheita mecanizada.
Também serão liberadas duas variedades de propriedade da Federal de Viçosa (UFV), outras duas da Rural de Pernambuco (UFRPE), quatro da Federal de São Carlos (UFSCar), três da Federal do Paraná (UFPR), duas da Rural do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma da Federal de Goiás (UFG).
Representando a Ufal no evento, estarão presentes o diretor do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Gaus Silvestre de Andrade Lima; o coordenador do PMGCA, Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa; e outros pesquisadores do Programa.
A Ridesa e a contribuição das variedades RB
Com a extinção do Programa Nacional de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (Planalsucar), em 1990, houve a transferência das suas estruturas físicas, tecnológicas e de recursos humanos para as universidades federais; a Ufal foi uma delas. Foi nesse contexto que teve início a Ridesa. Atualmente, a Rede utiliza, para o desenvolvimento de seus estudos, um total de 72 estações experimentais, localizadas nos estados onde a cultura da cana-de-açúcar apresenta maior expressão.
Nestes 25 anos de atuação, as universidades federais deram maior ênfase à manutenção e à continuidade da pesquisa relacionada ao PMGCA, que continuou a utilizar a sigla RB para identificar suas variedades. Com as novas liberações, são 94 variedades RB entregues aos produtores, as quais são frutos das pesquisas com melhoramento genético clássico. Elas têm acentuada contribuição para a matriz energética do Brasil, pois são responsáveis, em 2015, por 68% da área cultivada com cana no país. As quatro variedades mais plantadas no Brasil, este ano, foram: RB867515 (UFV); RB966928 (UFPR); RB92579 (Ufal); e RB965902 (UFSCar).
O Ceca tem uma posição privilegiada na Ridesa, por conta do Banco de Germoplasma, criado em 1966, por um convênio entre o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Sindaçúcar/AL, e herdado pela Ufal em 1990. Nesse Banco, localizado na Serra do Ouro, no município de Murici, estão plantados 3.090 acessos de cana (dentre espécies e híbridos), que são utilizados na realização dos cruzamentos para o desenvolvimento de variedades RB.
Formação de Recursos Humanos
Além do grande sucesso no desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar para o Brasil, a Ridesa destaca-se na formação de recursos humanos. A infraestrutura existente dentro das universidades tem proporcionado apoio para treinamento aos estudantes em nível de graduação, com a iniciação científica, e pós-graduação – mestrado, doutorado e pós-doutorado – com a cultura da cana-de-açúcar.
Hoje, existem centenas de profissionais formados que estão atuando na iniciativa privada e em instituições públicas. Nos últimos cinco anos, foram 112 estagiários dos cursos de Agronomia e 32 bolsistas de iniciação científica nas universidades que integram a Ridesa.