UNICA celebra participação da Coalizão Brasil na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris

27/04/2016 Cana-de-Açúcar POR: Assessoria de Imprensa
Integrantes da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura estiveram em Nova York, na última sexta-feira (22/4), para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, na sede da ONU. Mais de 60 chefes de estado participam do evento. A cerimônia dá início ao período de um ano para que os países formalizem seu compromisso com o tratado e incentiva os processos nacionais de ratificação.
Para a Coalizão, o avanço na agenda das mudanças climáticas permite não só enfrentar os riscos do aumento da temperatura global como é chave para promover um novo modelo de desenvolvimento, baseado na economia de baixo carbono, com geração de renda e empregos.
 
“O Acordo de Paris inaugura uma nova era e é preciso concluir o trâmite legislativo para sua ratificação. O setor empresarial e a sociedade civil estão comprometidos, articulados e vigilantes para o cumprimento dos compromissos brasileiros, independentemente das dificuldades econômicas e da conjuntura política do país. Temos de criar o entendimento de que os benefícios da economia de baixo carbono são concretos. O desafio, agora, é multiplicar as iniciativas necessárias em várias frentes”, salienta Celina Carpi, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos.
Os impactos positivos que podem advir da concretização das metas brasileiras (INDC) incluem também a preservação de recursos hídricos, de culturas tradicionais e da rica biodiversidade do país. "O Acordo representa uma oportunidade para países megadiversos, como o Brasil, atraírem investimentos e construírem um novo modelo de relacionamento entre atividades humanas e o meio ambiente", afirma André Guimarães, diretor executivo do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Nos últimos meses, dezenas de profissionais que atuam nos grupos de trabalho da Coalizão Brasil passaram a se dedicar aos passos prioritários para que o país alcance gradativamente as metas apresentadas no âmbito do Acordo. Alguns dos principais desafios estão elencados a seguir por membros da Coalizão Brasil.
Agricultura de baixo carbono
"A disseminação e adoção em larga escala de práticas de baixo carbono, como a integração lavoura-pecuária-floresta, mencionada no compromisso do Brasil para o clima, pede medidas de simplificação do acesso aos créditos agrícolas para quem adota essas técnicas, além de esforços no campo de ciência e tecnologia. Tanto no desenvolvimento de pesquisas como na divulgação de seus resultados, para que sejam colocados em prática no setor de produção rural." — João Paulo Capobianco, presidente do Conselho do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade).
 
Código Florestal
"É preciso manter os esforços para que a grande maioria dos proprietários rurais faça as inscrições de suas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) no prazo previsto, em 5 de maio próximo. Esse é um elemento central do novo Código Florestal para que possamos entender o tamanho do desafio da restauração no Brasil. Conhecimento e planejamento são aspectos essenciais para que possamos concretizar a implantação do Código Florestal e dos compromissos brasileiros para o clima, cujos impactos sociais, econômicos e ambientais serão enormes aqui e no planeta. O agronegócio brasileiro tem uma grande responsabilidade no cumprimento das metas do Acordo de Paris. Com o apoio de toda a sociedade, transformaremos o maior negócio do país em algo ainda mais robusto e sustentável." — Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira.
 
Economia da floresta tropical
"Há vários modelos de restauração, que podem ir da recuperação ecológica até o plantio planejado com espécies de interesse comercial, o que fomentaria uma atividade econômica, com geração de emprego e renda, em diferentes regiões do país. Estamos trabalhando para estabelecer uma plataforma de pesquisa e tecnologia ligada ao plantio de espécies nativas, envolvendo as principais organizações do setor, empresas, governo e meio acadêmico." — Rachel Biderman, diretora do WRI Brasil.
Rastreabilidade da madeira
"Uma importante maneira de combater o desmatamento ilegal é promover a cadeia de valor da madeira legal. Ou seja, avançarmos na implementação imediata de um sistema que dê total transparência e rastreabilidade para todas as licenças emitidas ao longo do trajeto da madeira, desde sua derrubada e processamento até sua comercialização. Isso, somado a ações de monitoramento e controle, pode valorizar e proteger as florestas e promover uma linha de negócios mais responsável e sustentável." — Roberto Waack, presidente do conselho da Amata.
 
Valorização do mercado de carbono
“O Brasil deve avançar na elaboração de uma Estratégia Nacional de REDD+, palpável e efetiva. O REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e outros mecanismos de valorização do carbono permitem cumprir metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, além de gerar benefícios para comunidades locais. Quando uma comunidade percebe que vale a pena manter a floresta em pé e trabalha por isso, o investimento recebido em troca da preservação pode ser convertido em saúde, educação e infraestrutura locais, o que muda o entendimento sobre os biomas e o planeta como um todo.” — Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal.
Biocombustíveis
"Precisamos retomar a política para biocombustíveis: reavaliar tributação, continuar a desenvolver pesquisas e estabelecer de forma clara o papeldo etanol (incluindo o de segunda geração) e do biodiesel na matriz energética brasileira. Paralelamente, há o desafio de desenvolver um padrão global de uso de biocombustíveis e estabelecer plataformas de cooperação entre o Brasil e outros países."— Elizabeth Farina, diretora presidente da UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).
Integrantes da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura estiveram em Nova York, na última sexta-feira (22/4), para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, na sede da ONU. Mais de 60 chefes de estado participam do evento. A cerimônia dá início ao período de um ano para que os países formalizem seu compromisso com o tratado e incentiva os processos nacionais de ratificação.
Para a Coalizão, o avanço na agenda das mudanças climáticas permite não só enfrentar os riscos do aumento da temperatura global como é chave para promover um novo modelo de desenvolvimento, baseado na economia de baixo carbono, com geração de renda e empregos.
 
“O Acordo de Paris inaugura uma nova era e é preciso concluir o trâmite legislativo para sua ratificação. O setor empresarial e a sociedade civil estão comprometidos, articulados e vigilantes para o cumprimento dos compromissos brasileiros, independentemente das dificuldades econômicas e da conjuntura política do país. Temos de criar o entendimento de que os benefícios da economia de baixo carbono são concretos. O desafio, agora, é multiplicar as iniciativas necessárias em várias frentes”, salienta Celina Carpi, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos.

Os impactos positivos que podem advir da concretização das metas brasileiras (INDC) incluem também a preservação de recursos hídricos, de culturas tradicionais e da rica biodiversidade do país. "O Acordo representa uma oportunidade para países megadiversos, como o Brasil, atraírem investimentos e construírem um novo modelo de relacionamento entre atividades humanas e o meio ambiente", afirma André Guimarães, diretor executivo do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Nos últimos meses, dezenas de profissionais que atuam nos grupos de trabalho da Coalizão Brasil passaram a se dedicar aos passos prioritários para que o país alcance gradativamente as metas apresentadas no âmbito do Acordo. Alguns dos principais desafios estão elencados a seguir por membros da Coalizão Brasil.

Agricultura de baixo carbono

 
"A disseminação e adoção em larga escala de práticas de baixo carbono, como a integração lavoura-pecuária-floresta, mencionada no compromisso do Brasil para o clima, pede medidas de simplificação do acesso aos créditos agrícolas para quem adota essas técnicas, além de esforços no campo de ciência e tecnologia. Tanto no desenvolvimento de pesquisas como na divulgação de seus resultados, para que sejam colocados em prática no setor de produção rural." — João Paulo Capobianco, presidente do Conselho do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade).

 
 
Código Florestal

 
"É preciso manter os esforços para que a grande maioria dos proprietários rurais faça as inscrições de suas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) no prazo previsto, em 5 de maio próximo. Esse é um elemento central do novo Código Florestal para que possamos entender o tamanho do desafio da restauração no Brasil. Conhecimento e planejamento são aspectos essenciais para que possamos concretizar a implantação do Código Florestal e dos compromissos brasileiros para o clima, cujos impactos sociais, econômicos e ambientais serão enormes aqui e no planeta. O agronegócio brasileiro tem uma grande responsabilidade no cumprimento das metas do Acordo de Paris. Com o apoio de toda a sociedade, transformaremos o maior negócio do país em algo ainda mais robusto e sustentável." — Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira.
 
Economia da floresta tropical

 
"Há vários modelos de restauração, que podem ir da recuperação ecológica até o plantio planejado com espécies de interesse comercial, o que fomentaria uma atividade econômica, com geração de emprego e renda, em diferentes regiões do país. Estamos trabalhando para estabelecer uma plataforma de pesquisa e tecnologia ligada ao plantio de espécies nativas, envolvendo as principais organizações do setor, empresas, governo e meio acadêmico." — Rachel Biderman, diretora do WRI Brasil.
Rastreabilidade da madeira

 
"Uma importante maneira de combater o desmatamento ilegal é promover a cadeia de valor da madeira legal. Ou seja, avançarmos na implementação imediata de um sistema que dê total transparência e rastreabilidade para todas as licenças emitidas ao longo do trajeto da madeira, desde sua derrubada e processamento até sua comercialização. Isso, somado a ações de monitoramento e controle, pode valorizar e proteger as florestas e promover uma linha de negócios mais responsável e sustentável." — Roberto Waack, presidente do conselho da Amata.
 
Valorização do mercado de carbono

 
“O Brasil deve avançar na elaboração de uma Estratégia Nacional de REDD+, palpável e efetiva. O REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e outros mecanismos de valorização do carbono permitem cumprir metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, além de gerar benefícios para comunidades locais. Quando uma comunidade percebe que vale a pena manter a floresta em pé e trabalha por isso, o investimento recebido em troca da preservação pode ser convertido em saúde, educação e infraestrutura locais, o que muda o entendimento sobre os biomas e o planeta como um todo.” — Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal.

Biocombustíveis

 
"Precisamos retomar a política para biocombustíveis: reavaliar tributação, continuar a desenvolver pesquisas e estabelecer de forma clara o papeldo etanol (incluindo o de segunda geração) e do biodiesel na matriz energética brasileira. Paralelamente, há o desafio de desenvolver um padrão global de uso de biocombustíveis e estabelecer plataformas de cooperação entre o Brasil e outros países."— Elizabeth Farina, diretora presidente da UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).