Vários caminhos para a prosperidade sustentável

10/10/2024 Noticias POR: Marino Guerra

São várias estradas que chegam até São Paulo, a maior cidade do Brasil, devido a sua importância para a economia do país, ao número de pessoas que vivem e visitam seria uma loucura imaginar uma ou duas rodovias como caminhos de acesso.

Ao finalizar a sequência de palestras organizadas pela Stab na Arena de Sustentabilidade durante a 30ª edição da Fenasucro&Agrocana, ficou a impressão que a cana-de-açúcar está no mesmo patamar que a capital do Estado de São Paulo, ou seja, ela está no centro de diversos ramos de negócios e possibilidades de desenvolvimento tecnológico para ganhos de eficiência que, assim como uma metrópole mundial, é uma agricultura central para várias estradas que levam para a prosperidade sustentável da humanidade, por isso não dá para imaginar ela com duas ou três estradas de acesso.

A IA (Inteligência Artificial) será a nova eletricidade?

Com essa questão, o consultor Marcelo Pierossi iniciou os trabalhos do fórum: “Avanços e desafios para a produtividade de cana”. O desenvolvimento de sua linha de raciocínio começou com a apresentação de diversos problemas do cotidiano, como o excesso de informação, o qual, segundo dados apresentados pelo palestrante, 20% da jornada de trabalho é consumida somente para a busca de dados.

Em sua participação, o consultor Marcelo Pierossi mostrou exemplos práticos de como a Inteligência Artificial poderá ser útil no ganho de eficiência da operação canavieira.

O segundo exemplo citado foi o excesso de turnover (termo utilizado para a rotatividade de profissionais), que tem como principal motivo a busca dos colaboradores por melhoria na qualidade de vida e gera para as corporações queda no rendimento devido à perda de conhecimento e redução na motivação da equipe. Um terceiro ponto é quanto à baixa eficiência que as empresas têm para a comunicação entre seus agentes internos e externos. Segundo dados da Microsoft, hoje os profissionais passam mais tempo se comunicando do que criando.

Para superar os desafios citados, Pierossi explicou como as inteligências artificiais, divididas em categorias, podem ajudar, com destaque para as PLN (Processamento de Linguagem Natural), das quais ferramentas como o Chat GPT e o Gemini são as mais conhecidas, porém como essas são plataformas abertas, acabam se tornando um problema para as corporações, pois a grande maioria dos dados das empresas precisam ser confidenciais, seja por fatores estratégicos ou legais.

Então, ele citou o surgimento de ferramentas para trabalhos específicos, ou seja, a IA, através de seu grande poder de resumo e alimentada com informações do dia a dia de uma operação, é utilizada para as soluções de problemas.

Como exemplo foi apresentado o case do projeto denominado: Troubleshooting (solução de problemas) para manutenção de Sistemas Hidráulicos da colhedora da John Deere, CH570.

Implantado nas unidades da SJC Bioenergia, CMAA e Tereos, o sistema consiste em um aplicativo de troca de mensagem onde o usuário relata o problema e a IA vai dando sugestões do que pode ter ocorrido e dicas de como solucioná-lo. Como ele é retroalimentado, com o tempo seu banco de dados vai crescendo, tornando-o cada vez mais acertivo.

O palestrante explicou que em razão da alta rotatividade de mecânicos, a perda de experiência que reduz a velocidade do serviço é um problema real, considerando que o custo de uma colhedora parada gira em torno de R$ 700,00 por hora e que a ferramenta diminuirá pelo menos uma hora por dia e então uma usina com uma frota de 30 máquinas terá o ganho médio de seis mil horas ou R$ 4,5 milhões (considerando sete meses de safra).

Além disso, ele apontou para a redução drástica de retrabalho e desperdício de materiais como fatores que podem levar a uma economia muito maior na operação. No final, ele deixou claro que esse é apenas um pequeno exemplo de muito mais que há por vir, não deixando margem para dúvidas da importância da inteligência de dados para o ganho de eficiência dos negócios.

CEB – Controle Eficiente de Broca, um novo índice de qualidade da cana-de-açúcar e que pode gerar valor à matéria-prima

Não é notícia nova que a presença de broca na cana-de-açúcar traz problemas na indústria, tanto para a produção de açúcar como etanol. O que a coordenadora do grupo de pesquisa de processos biotecnológicos aplicados à agroindústria da Unesp de Jaboticabal, Marcia Muton, levou ao público foi como a praga causa os problemas e o tamanho deles.

A pesquisadora, Marcia Muton, quantificou o estrago que a broca faz na produção de açúcar e etanol, números importantes para o fornecedor que investe no controle ou em variedades BT colocar na mesa na hora de negociar a venda de sua cana.

Sua apresentação teve como introdução a evolução na quantidade de análises que hoje as usinas fazem para definir a qualidade da matéria-prima, antes se buscava os teores de açúcar, mas com o passar do tempo as impurezas vegetais e minerais, acidez, amido e presença de pragas também passaram a serem medidos.

Ao entrar no assunto da broca, a professora explicou que o problema não é o inseto em si, mas a quantidade de fenóis que a planta libera como tentativa de defesa ao ataque sofrido. Ela ressaltou que o problema vai além da falta de um manejo da infestação eficiente, pois como o fenol é acumulado em partes da cana que não devem chegar até as moendas, como o palmito, por exemplo, uma colheita mal feita agrava ainda mais a situação na indústria.

Para quantificar o tamanho do prejuízo da praga, ela apresentou um estudo cujo objetivo foi de avaliar a qualidade da matéria-prima de duas variedades de cana-de-açúcar diferentes com níveis de infestação diferentes, tanto na produção de açúcar VHP, como de etanol.

Na produção do biocombustível, o trabalho - feito em escala laboratorial - concluiu que 1% de infestação responde pela redução de 0,96% a 2,06% do rendimento produtivo. No caso do açúcar, a queda é de 0,43% a 1,97%.

Diante desses números, ela finalizou ressaltando a influência negativa que a praga causa e apontou para uma necessidade de melhoria do processo de levantamento de infestação como um gargalo do manejo.

Aos produtores que investem em tecnologias de defensivos ou nas variedades BT, fica a dica sobre o tamanho do valor do manejo ao sentar para negociar a venda da produção.

Sphenophorus: ninguém quer, mas é preciso aprender a conviver com ele

Como uma usina do porte da Alta Mogiana, que na atual safra, sofrida sob o ponto de vista climático, tem um TCH médio de 110 com Sphenophorus em 100% de suas áreas com um percentual de 8,9% de tocos atacados.

Representando a Alta Mogiana, Luis Gustavo de Almeida Nunes, contou como eles integraram diversos manejos para conseguir conviver com o Sphenophorus, enquanto que a ciência não integra uma solução de controle.

Esse foi o assunto tratado pelo gerente de processos agrícolas da usina, Luis Gustavo de Almeida Nunes que contribuiu com o maior ensinamento sobre o manejo da praga: não esconder as dúvidas e sempre procurar por suas respostas, mesmo que elas ainda não existam.

Assim foi em 2017, quando em parceria com a Fafram, eles desenvolveram um trabalho para saber se a soja plantada como rotação de cultura da cana gera um ambiente favorável para a praga. Comparando uma área de lavoura com outra em pousio, foi observado que onde havia soja houve picos entre os meses de janeiro e março com quase 10 adultos por isca, enquanto onde a terra permaneceu em descanso, o número de insetos encontrados não passou de quatro.

Outra dúvida da equipe era sobre se a praga se desenvolvia mais numa região específica. Para isso, foram selecionadas áreas em Ribeirão Corrente (altitude), nas redondezas da Usina (maior volume de vinhaça), Ipuã e Miguelópolis (baixas altitudes). O resultado mostrou que na área mais alta a infestação foi de 15% de tocos atacados, enquanto que Miguelópolis (menor altitude) registrou apenas 5%.

O estudo mais recente foi sobre o aumento da infestação em cana planta no corrente ano, em razão do baixo volume de chuvas se comparado com 2023, e o resultado foi um avanço superior a sete pontos percentuais na quantidade de tocos atacados, porém com um detalhe, o TCH médio caiu apenas 8% com uma média até a metade de agosto de 135.

Este trabalho só reforçou uma desconfiança que a equipe já tinha ao observar dados referentes à cana soca, que apresentaram TCH de 117 com infestação de 18%, de que o Sphenophorus manejado de maneira correta não derruba a produtividade do canavial.

Contudo, não é fácil chegar a essa “convivência”, a lista de trabalho é grande envolvendo seis manejos: variedades de alto perfilhamento; manutenção de stande de soqueira, principalmente com irrigação de salvamento; controle via inseticidas; investimento no vigor da planta com estimulantes; manejo de nematóides e controle de tráfego.

Além da convivência até a espera de tecnologias de proteção mais eficazes, eles também apontaram para o método de contagem de tocos atacados como pouco confiável e, por isso, carente de evolução.

Atenção com a podridão da casca da cana-de-açúcar

Fechando o ciclo de palestras com foco na área agrícola, o coordenador da área de Fitopatologia da Cepenfito (Centro de Pesquisa em Engenharia – Fitossanidade em Cana-de-açúcar), Antonio de Goes, falou sobre a podridão da casca, uma perigosa doença que afeta os canaviais, especialmente em períodos mais secos.

O pesquisador, Antonio de Goes, alertou sobre a evolução da podridão da casca da cana aliada ao seu complexo controle.

Gerando o murchamento dos colmos, o pesquisador iniciou mostrando a diferença entre outras doenças que podem gerar a mesma consequência, como o ataque de cigarrinhas, a murcha de fusarium e a murcha de colletotrichum, essa bem semelhante, principalmente por apresentar podridão avermelhada no interior do colmo.

De Goes contou que em 2022 se deparou com amostras de planta que apresentavam murchamento, porém sem a presença de broca e bandas brancas na mancha vermelha interna da cana, característica da infecção pelo colletotrichum.

Então começaram estudar e identificaram se tratar da podridão da casca pela presença de picnídeos (pontos pretos) nos colmos.

Percebendo o crescente número de casos, o pesquisador, através do Cepenfito, decidiu realizar um trabalho com inoculação da doença em comparativo com testemunhas, a fim de responder questões como resistência varietal e eficiência de defensivos.

Descobriram que as 38 variedades foram suscetíveis, os fungicidas (químicos e biológicos) não trouxeram resultados satisfatórios e ainda estimaram que ela pode gerar perdas superiores a 20 toneladas por hectare.

Diante das informações preocupantes, os cientistas ampliaram o horizonte de observação ao estudar se as características de sua ação eram iguais as relatadas pelo professor Tokeshi, relatadas na década de 80. E o resultado preocupou toda a equipe, pois o que antes acontecia somente em situações de estresse hídrico, hoje aparece em áreas irrigadas; em áreas atingidas por geadas ou fogo, surge em canaviais sem nenhuma destas ocorrências; no plantio, o que era relatado apenas em colmos cortados, agora é encontrado em touceiras inteiras; em situações que o canavial estava com sua nutrição desequilibrada, aparece em talhões em bom estado nutricional e o que surgia nos dois terços finais da safra, é encontrado o ano todo.

Então, o que era uma doença secundária e endêmica foi apontada pelo pesquisador como um mal primário e severo, onde as formas de se evitar estão ligadas às boas práticas agrícolas como atender às demandas das plantas em todas as etapas do seu desenvolvimento, estabelecer viveiros de mudas sadios, fazer a rotação de cultura e evitar concentração varietal, sendo a única recomendação de manejo específico para a podridão da casca, o treinamento de uma equipe para a realização de levantamentos.

Metanol verde da cana

O nome “usina”, que no rigor da terminologia se refere apenas à produção de açúcar, persiste mesmo depois do setor sucroalcooleiro viraragroenergético. Resta saber agora se ele vai prevalecer perante o termo “biorrefinarias”, novo nome dado às unidades processadoras de cana-de-açúcar que estão no meio de um processo revolucionário, onde ampliarão de maneira incontável as formas de energia (combustível e elétrica) que irão produzir, de um setor que já responde por bioenergético.

Em sua participação no segundo dia do seminário organizado pela STAB, o head de vendas da ThyssenkruppUhde para o Brasil, Luiz Mello, falou sobre uma percepção de mercado que pode criar mais um produto para esta grande prateleira, o metanol verde.

O executivo Luiz Mello explicou como é possível desenvolver uma engenharia para a produção de metanol verde dentro de uma usina.

Segundo o executivo do grupo que atua em todo planeta, a rota de produção do biocombustível tem maior viabilidade através da rota que utiliza o biometano como matéria-prima.

Como exemplo, ele apontou para o mercado naval como o principal para o metanol verde citando um dado que mostra que 5% de todos os navios que estão em construção no mundo poderão funcionar seus motores com ele. Outro segmento importante é o de plástico, onde grandes marcas como a Lego, já estão em fase adiantada de testes para o utilizarem como matéria-prima.

É válido ressaltar que para chegar no metanol verde, em primeiro lugar as usinas terão que produzir biogás, para em seguida refiná-lo ele e transformá-lo em biometano e somente depois chegar no metanol verde, com um pequeno detalhe de que nessa fase é preciso de mais uma dose de hidrogênio para equilibrar as moléculas, que poderá vir através do consumo de energia elétrica num processo de hidrólise da água ou então, se a tecnologia avançar bastante, do etanol, através da célula de combustível.

O mais incrível desse momento é que o universo canavieiro não consegue distinguir o que é realidade e o que é ficção científica, é que no caminho de tudo, é impossível não se deparar com a boa e velha cana-de-açúcar, mostrando mais uma vez que ela é o melhor captador da energia que vem do sol.

Era do hidrogênio

Muitos cravam até hoje que quando for finalizada a era do petróleo (data indefinida) a humanidade passará a viver o reinado da eletricidade. Em sua participação, o consultor Antônio Alberto Stuchi deixou uma pulga atrás das orelhas do público presente ao colocar na mesa fortes argumentos de que o rei poderá ser outro e atender pelo nome de hidrogênio.

O consultor Antônio Alberto Stuchi explicou os motivos do hidrogênio ter um papel fundamental dentro do processo de transição energética.

Ao enumerar diversas características do processo de transição energética que a humanidade enfrenta hoje, fica claro que o substituto dos fósseis será a energia elétrica, contudo as principais fontes renováveis são intermitentes, umas sazonais (como as hidrelétricas ou biomassa que dependem das chuvas ou do período de safra) e outras diárias (como a eólica e a fotovoltaica), o que demanda, para gerar uma previsibilidade energética, de formas de armazenamento eficientes para dar a segurança necessária para a completa libertação das fontes fósseis, é nessa hora que surge o hidrogênio.

Segundo Stuchi, o elemento químico, através de seus vetores que permitem armazenamento e transporte mais simples, poderá ser utilizado nas mais variadas aplicações energéticas se apresentando como a fonte ideal como estepe em momentos ou épocas de oscilações negativas das fontes renováveis além de gerador em segmentos que são grandes consumidores, como o de mobilidade e o industrial.

Para finalizar, o palestrante mostrou que a forma mais segura de transportar e armazenar o hidrogênio é através do álcool, podendo ser o metanol ou o bom e velho etanol, isso pelo fato deles serem líquidos à temperatura ambiente e serem convertidos em hidrogênio através do processo de reforma.

Zerar o consumo de diesel

Fazer com que toda a operação da cadeia produtiva da cana-de-açúcar retire o diesel como combustível reduzindo consideravelmente o custo de produção em todos os elos, principalmente no agrícola, tornando o setor muito mais sustentável sob o ponto de vista econômico e ambiental.

Um sonho que vem se transformando em realidade, conforme apresentou o diretor comercial e novos produtos da Cocal, André Gustavo Alves da Silva, em apresentação que teve como tema “A transição energética no Grupo Cocal”.

André Gustavo Alves da Silva, do Grupo Cocal, mostrou como eles devem caminhar para zerar o consumo de diesel nas operações agrícolas.

Para isso, ele mostrou todos os processos de produção do grupo e como eles se interligam dentro do conceito de economia circular, indo desde a tradicional produção de açúcar, etanol, energia elétrica (tendo o bagaço e a palha como fonte de energia) e a levedura seca.

A novidade surge a partir da produção de biogás através de resíduos como a palha, torta de filtro e vinhaça, o que é fonte para a geração de mais energia elétrica, biofertilizantes, CO2 verde (que é comercializado com a indústria de alimentos, lembrando que esse produto também é produzido do processo de produção do etanol) e o biometano, o ponto chave para o fim do consumo do diesel.

Isso porque ele é capaz de substituir o combustível fóssil em toda a frota (caso se utilize uma boa parte dos resíduos que são matéria-prima para sua produção), contudo, como o processo ainda é longo, a estimativa da Cocal num primeiro momento é reduzir algo em torno de 5% do consumo atual, o que seria 0,23 litros por tonelada de cana, o que, considerando que a empresa consome quase nove milhões de toneladas por safra, são quase dois milhões de litros de combustível que deixarão de ser queimados e R$ 12 milhões economizados (considerando o valor de R$ 6,00 o litro).

Etanol de milho em São Paulo?

Uma realidade na Região Centro-oeste, a produção de etanol de milho pode começar a surgir com maior força em outros estados que não têm a tradição de produção do grão, como São Paulo, foi o que explicou o vice-presidente e diretor de engenharia de processos e novas tecnologias da Fermentec, Alexandre Godoy.

Alexandre Godoy, da Fermentec, mostrou que anexar a produção de etanol de milho numa unidade que produz açúcar e etanol abre diversas oportunidades mercadológicas.

Em sua apresentação, ele mostrou a necessidade de se construir uma destilaria de produção de etanol tendo o milho como matéria-prima ao lado de uma fonte de biomassa para torná-la viável, para defender o conceito da usina Multiflex, a qual seria capaz de produzir açúcar com 100% da cana, enquanto que o etanol seria produzido com o melaço e o milho ou o sorgo.

Assim, ele apontou que a empresa poderia direcionar o consumo de bagaço e palha para produzir o etanol, caso o valor de mercado esteja mais atrativo para o biocombustível do que para a eletricidade, como por exemplo, em épocas de entressafra, quando sua oferta é reduzida e o valor aumenta, isso porque ela manterá sua produção ao longo de todo ano.

Outra vantagem é quanto à fabricação do DDGS, o que além de gerar ou ampliar mais um segmento de negócios, o que atrairá diversos confinamentos no entorno da unidade, mas indo um pouco além, pensando numa ampliação ainda maior do negócio, é possível desenvolver a própria pecuária ou então granjas e utilizar os resíduos para produzir biofertilizantes que diminuirão a exposição ao mercado internacional, reduzirão o custo da operação agrícola, regeneração do solo e geração de maior eficiência no sequestro de carbono, elevando a nota do RenovaBio.

Ninguém sabe aonde iremos parar, mas é certo de que é preciso aproveitar o momento para pavimentar cada vez mais quilômetros de cada uma dessas estradas de oportunidades, porém sem ansiedade, estudando o terreno muito bem antes de avançar cada metro.